A vida é um fruto instantaneo. Logo passa, como um cometa apressado. Não dá nem tempo de aprender muita coisa. Não dá nem tempo de nos profissionalizarmos. Tudo o que estudamos, tudo o que sabemos, se perde ante a soberania do tempo. Somos um bando de amadores.
O nosso tempo aqui na terra é miudinho, como um grão de areia que assiste o mar diante de uma praia deserta. Passamos logo. Passamos com a nossa arrogância. Com nossa petulância besta. Com nossa vaidade e cuidados com coisas desnecessárias. Complicamos tanto. Passamos com passos largos. Deixamos tudo. Nossas opiniões. Nossas críticas. Nossa sigla política. Nosso brazão familiar - isso se a sua familia tem o tal brazão. Nossos oculos, se é que tu que estas a ler usa. Nossos diplomas. Nossas futilidades. Nossos livros e filmes preferidos. Nossos ternos, se homem. Saias, vestidos e tops, se mulher. Nossa crença religiosa. Nosso ateísmo. Nossas dívidas. Nosso plano de um ano melhor. Nossa efêmera passagem neste mundo quando analizada no silêncio noturno nos fala fundo na alma. Perguntas e mais perguntas se amontoam quase pipocando nosso cortex com tantas setas e pontinhos de interrogação. Somos uma vela com uma pequena chama bailando ao vento. Um barco que vai partir. Um sopro a disposição do divino. Uma luz frágil feita de cristal finíssimo. Carne , ossos e sangue que se decompõem com o passar das eras. Somos pequenos e insuficientes diante da dinâmica da morte. Não sabemos o próximo minuto. O próximo minuto pode ser o minuto final. O resto de uma vida pode está no tique taquear dos últimos segundos. Somos plenamente limitados diante do tempo. E ele, o tempo, é um gigante que ruge desesperadamente. Implacável. Soberano. Ele nos faz deixar nossos jardins. Ele nos mostra aonde é o real lugar das flores. O tempo nos confere o terreno certo. Palmos de terra centimetros maior que o nosso corpo. Ali as flores ficam. Ali as flores murcham. Ali elas fenecem junto a inscrição do que um dia fomos - flores - no jardim passageiro do tempo.
O nosso tempo aqui na terra é miudinho, como um grão de areia que assiste o mar diante de uma praia deserta. Passamos logo. Passamos com a nossa arrogância. Com nossa petulância besta. Com nossa vaidade e cuidados com coisas desnecessárias. Complicamos tanto. Passamos com passos largos. Deixamos tudo. Nossas opiniões. Nossas críticas. Nossa sigla política. Nosso brazão familiar - isso se a sua familia tem o tal brazão. Nossos oculos, se é que tu que estas a ler usa. Nossos diplomas. Nossas futilidades. Nossos livros e filmes preferidos. Nossos ternos, se homem. Saias, vestidos e tops, se mulher. Nossa crença religiosa. Nosso ateísmo. Nossas dívidas. Nosso plano de um ano melhor. Nossa efêmera passagem neste mundo quando analizada no silêncio noturno nos fala fundo na alma. Perguntas e mais perguntas se amontoam quase pipocando nosso cortex com tantas setas e pontinhos de interrogação. Somos uma vela com uma pequena chama bailando ao vento. Um barco que vai partir. Um sopro a disposição do divino. Uma luz frágil feita de cristal finíssimo. Carne , ossos e sangue que se decompõem com o passar das eras. Somos pequenos e insuficientes diante da dinâmica da morte. Não sabemos o próximo minuto. O próximo minuto pode ser o minuto final. O resto de uma vida pode está no tique taquear dos últimos segundos. Somos plenamente limitados diante do tempo. E ele, o tempo, é um gigante que ruge desesperadamente. Implacável. Soberano. Ele nos faz deixar nossos jardins. Ele nos mostra aonde é o real lugar das flores. O tempo nos confere o terreno certo. Palmos de terra centimetros maior que o nosso corpo. Ali as flores ficam. Ali as flores murcham. Ali elas fenecem junto a inscrição do que um dia fomos - flores - no jardim passageiro do tempo.
Para finalizar um pensamento...
“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.”
Carlos Drummond de Andrade
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