Tento ouvir. Mas nada. Um silêncio rompe aqui no meu cantinho. Procuro um lugar. Procuro ter fé. Mas nada. Está tudo uma confusão. Não há ninguém que me procure? Não sei quem sou, mas tenho de estar sempre comigo. Quero tirar os meus pensamentos da cabeça. Não consigo. Queria sentir o pegar na minha mão. Ninguém. Procuro o mar. Talvez me ele me dê respostas. A brisa nada diz. Mostra-se silenciosa como sempre. Vou embora. Não tenho mais nada a fazer ali naquele lugar. Procuro um prado. Tento encontrar uma flor. Espero que a sua beleza me ilumine a aura. Mas todas as que vejo são feias. Ou pelo menos é a ideia que me dá. Talvez seja eu que me sinta "feia". Talvez não esteja bem da cabeça. Quando reparo, as horas já passaram. É noite. Uma noite fria e escura. Sinto-me perdida. Ainda mais do que estava antes. Porque antes ainda conseguia ver uma réstia do meu caminho. Mas agora é como se estivesse cega. Bonito, virei surda e cega. Apesar da escuridão continuo a caminhar. Quero-me encontrar. Tropeço. Sinto ter aberto uma ferida. Uma água salgada cai. É refrescante. De repente algo brilha. Uma simples gota faz brilhar a luz que tanto procurava. Uma simples gota ilumina o meu redor. Já sei onde estou. Só precisava de chorar. Só precisava de me sentir perdida. Estar assim fez-me encontrar-me. A alma foi limpa. O rosto se sentiu fresco. Nada a dizer...
Sinto-me: nem sei bem...
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